O que há de errado com meu currículo? Mesmo tendo qualificação e experiência, não sou chamado para entrevistas de emprego e já não sei mais o que fazer!
Infelizmente, essa é a situação de muitos brasileiros que, todos os dias, tentam recolocação no mercado de trabalho e encontram vários desafios no caminho rumo à contratação, começando pela realização de entrevistas.
O que pode justificar essa “barreira” vai desde a análise do currículo e das competências técnicas até a consideração de fatores como idade, disponibilidade para viagens e histórico profissional.
Cada vaga possui um “perfil ideal” e vários critérios são avaliados nesse tipo de decisão.
Mas, por que será que tantos profissionais se queixam de não conseguirem uma entrevista de emprego, uma etapa decisiva para a contratação e que pode “reverter” as chances de candidatos com pouca ou nenhuma experiência?
É raro uma contratação ocorrer sem que o candidato tenha conversado com o recrutador, o que explica a preocupação quanto a falta de devolutiva das empresas após o envio de currículos e o preenchimentos de formulários.
![Como garantir a participação em entrevistas de emprego](http://kingofweb.com.br/wp-content/uploads/2020/11/Entrevista-de-Emprego-1024x683.jpg)
Entrevistas de emprego estão cada vez mais objetivas
Há uns dez anos, os processos seletivos eram, de forma geral, mais abrangentes em suas etapas, porém, muita coisa mudou e agora os recrutadores estão focados em dois pontos específicos antes de fazer contato com os candidatos: experiência e qualificação profissional.
Ocorre que mais pessoas com formação acadêmica estão chegando ao mercado de trabalho, o que aumenta a concorrência por vagas de emprego e torna o processo de seleção de currículos ainda mais minucioso.
Mesmo com qualificação, é grande o número de pessoas desempregadas no país, e nesses casos, o sentimento de frustração é comum e pode desviar o foco no processo de busca por recolocação profissional.
Aí, entra o fator “experiência” para definir quais candidatos possuem “conhecimento prático” e não necessitam de treinamento para exercer suas funções, uma preocupação a mais para quem está em busca do primeiro emprego ou em transição de carreira.
A “qualificação” é uma exigência aos mais diversos cargos, tanto operacionais quanto estratégicos, que, somada a experiência, indica um “perfil completo” em termos de hard skills.
Nos tempos atuais, não basta ter formação em nível superior. O diploma não garante a contratação se não estiver associado a outros certificados que comprovam a atualização de conhecimentos e boas práticas da vivência profissional.
Esse acaba sendo um dos principais critérios para a seleção de candidatos em entrevistas de emprego, sobretudo em um cenário de constantes mudanças tecnológicas que impactam a realização de processos e que são implantadas para substituir procedimentos manuais.
Até aqui, nenhuma novidade, certo? Ou seja, as empresas, certamente, darão preferência para a contratação de profissionais qualificados e com experiência, afinal, esses dois requisitos sugerem a aquisição de mão de obra produtiva e pró-ativa.
Acontece que, de modo geral, os processos seletivos estão mais criteriosos e detalhistas. O que vai de informação no currículo precisa atrair a atenção da parte contratante, e aqui, podemos encontrar outra justificativa para a dificuldade em conseguir participar de entrevistas de emprego.
Quem está na luta por recolocação profissional certamente vai se identificar com a seguinte situação:
Dezenas de currículos encaminhados semanalmente, contatos com amigos, ex-colegas de faculdade e trabalho, pesquisas em redes sociais, agências de emprego e, simplesmente, nenhum retorno.
Se você está passando por esse momento desafiador, acompanhe a seguir os principais motivos que podem dificultar a participação em entrevistas de emprego e saiba o que fazer para virar o jogo a seu favor!
Por que não sou chamado para uma entrevista de emprego
1. Currículo incompatível com os requisitos da vaga
Como dito, os processos seletivos estão cada vez mais objetivos e detalhistas.
Por isso, antes de encaminhar seu currículo, analise todas as informações da vaga e cruze-as com suas qualificações, experiências e pretensões profissionais. Se houver “conexão” entre o seu perfil e a vaga, dê o próximo passo e realize a candidatura.
A realidade é que nem todas as empresas dão feedbacks das candidaturas em vagas de emprego. Algumas confirmam o recebimento do currículo, porém, só entram em contato com aqueles que passaram para a fase de entrevistas.
Então, para não criar expectativas e evitar aborrecimentos, confira todos os requisitos da vaga e, se tiver certeza de que possuir as competências exigidas para exercer o cargo anunciado, siga em frente.
2. Informações faltantes no currículo
Quais informações básicas não podem faltar em um currículo? São elas: nome, telefone de contato, whatsapp, e-mail, endereço, formação e qualificações, experiências e objetivos profissionais.
Esses dados dizem muito ao recrutador, porém, não são a totalidade do necessário para a fase de entrevistas, a qual são chamados os candidatos que têm “muitas chances” de ser contratados pela empresa.
Geralmente, as entrevistas são para avaliar o perfil comportamental dos candidatos e também para confirmar as informações do currículo. E como são selecionados esses participantes?
Bom, além da análise de afinidades dos candidatos com os valores da empresa, outras questões são muito importantes para que o recrutador possa estabelecer critérios de decisão. E entre esses fatores, estão:
- Pretensão salarial;
- Disponibilidade para viagens;
- Disponibilidade para o trabalho remoto (a depender da ocupação);
- Inglês nível intermediário/avançado (ou outro idioma);
- Resumo das atividades desenvolvidas em experiências de trabalho anteriores (as mais relevantes);
- Realização de trabalhos voluntários/ações sociais;
- Intercâmbios;
- Participações em processos de bolsas de estudos e pesquisas acadêmicas.
Essas informações são muito importantes e costumam ser tratadas nas entrevistas de emprego, porém, podem ser antecipadas já no currículo. O ideal é avaliar se, na descrição da vaga, alguns desses requisitos e “diferenciais” são citados. Se sim, vale muito a pena incluí-los!
3. Falta de adequação do currículo
Tenha em mente que seu currículo precisa ser um documento objetivo e reunir as principais informações sobre o seu perfil profissional.
Ele será como uma carta que você enviará para as empresas solicitando uma oportunidade de emprego, portanto, o conteúdo deve ser muito bem pensado para o que o destinatário tenha interesse em conhecer seu autor e contratá-lo.
Pense um pouco: se você é um profissional muito qualificado e acumula diversas experiências profissionais, precisa selecionar suas melhores referências e evitar excessos. Currículos com três ou mais páginas podem “passar batido” pelos recrutadores.
Por isso é tão importante analisar os requisitos da vaga, justamente para adequar o currículo de encontro ao perfil buscado pelo anunciante da vaga.
Se possível, evite colocar cursos que realizou há 10, 20 anos e dê preferência por evidenciar seus conhecimentos e conquistas mais recentes, bem como as últimas empresas onde trabalhou ou passou mais tempo.
4. Erros ortográficos no currículo e padronização
Não é exagero: muitos ficam de fora da fase de entrevistas de emprego por erros gramaticais no currículo.
Detalhes que podem passar despercebidos por nós (mas não pelos recrutadores) e que indicam o cuidado dos candidatos com a elaboração de um documento que tem o potencial de abrir caminhos para grandes oportunidades de trabalho.
Revisar diversas vezes o mesmo conteúdo é uma tarefa muito delicada e os olhos podem “falhar” na hora de checar se está tudo certo com a ortografia.
Por isso, antes de enviar seu currículo para as empresas, mande-o a um amigo. Peça a ele para verificar possíveis erros e sugerir melhorias.
Outra dica muito importante: evite inovar demais na elaboração do currículo, alterando a fonte e tamanho das letras, por exemplo. Tente seguir o padrão Arial ou Times New Roman, tamanho 12 ou 14, com cabeçalho, títulos e subtítulos em negrito.
5. Atenção ao dia e horário que for enviar seu currículo
Sempre que estiver em um site de empregos e visualizar uma vaga compatível com seu perfil profissional, preste atenção nessa dica.
Evite encaminhar seu currículo aos fins de semana e fora do horário comercial, que é das 8h às 17h (de segunda a sexta). As chances do e-mail se perder em uma caixa de entrada aberta após o fim de semana são grandes.
Uma boa estratégia para aumentar as chances de ter o currículo avaliado com atenção é enviá-lo no período da manhã, até as 11h, quando muitos estão se preparando para o horário de almoço e costumam dar uma pausa nas atividades para checar o recebimento de mensagens no e-mail e redes sociais.
A recomendação é simples e funciona. Sabe aquela ideia de que o segredo da sorte é estar no lugar certo na hora certa? Não custa nada apostar e constatar os resultados, não é mesmo?
Concorrência e Economia
Não ser chamado para entrevistas de emprego pode significar algo além do que se imagina quando a situação de desemprego beira o desânimo e a frustração.
Diversos profissionais extremamente capacitados enfrentam a árdua batalha de encontrar trabalho no Brasil, sobretudo, pela instabilidade econômica do país, a desigualdade de salário entre homens e mulheres e a baixa remuneração oferecida em um cenário de intensa competitividade.
Portanto, siga as dicas deste artigo e aproveite as redes sociais para conseguir um emprego. Acesse os grupos e faça contatos com pessoas que possam te ajudar a conquistar uma vaga no mercado de trabalho.
E o essencial: acredite na sua capacidade e valorize sua trajetória. Entusiasmo, força de vontade e esperança são fontes de energia necessárias para quem tem muitos sonhos e objetivos a realizar.
E quais são os seus?
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